Alerta Final

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

RUBEM ALVES E A INTERDISCIPLINARIDADE: POR UMA EDUCAÇÂO ROMÂNTICA

Meu Comentário sobre o Artigo de Iuri Andréas Reblin
Escola Superior de Teologia

O grande educador Rubem Alves faz distinção entre o educador e o professor. Para ele, educador está em extinção, restando muitos professores que estão em sala de aula com seus produtos e suas fórmulas e lógicas a serem implantadas nos alunos como se eles fossem máquinas recarregáveis. O educador não é função, mas vocação, e quem tem vocação leciona com amor, produzindo esperança. Lecionar com amor é atitude de educador, que não se preocupa só com suas remunerações, mas ensina com paixão para transformar. 
 
A escola não deve limitar-se em transmitir apenas o saber negando as aspirações das crianças. Mas sim adaptar ao saber o prazer, isto é: Estimular a criança a aprender enquanto brinca. Aprender por prazer é uma atitude que produz resultados plausíveis. Segundo Alves, o vestibular tirou o prazer de aprender, e as pessoas agora aprendem por necessidade, e não mais por prazer, desenvolvendo resultados negativos em sua aprendizagem. Buscam conhecimento por necessidade, sem estímulo, sem sentimentos prazerosos que geram mudanças.
 
Segundo Alves, a utilização da aprendizagem no dia a dia seria mais eficiente. Os conteúdos escolares deveriam ser modificados fazendo parte da realidade de cada aluno, por exemplo: Ir ao mercado praticar matemática, seria algo prazeroso e próximo da realidade do aluno, assim ele aprenderia não somente as técnicas e as fórmulas, que para ele são sem sentido e sem significado. Seria necessário o ensino da arte, da música, teatro etc. assim o prazer de aprender estaria estampado em cada rosto. 

Outro exemplo que Alves mostra sobre as diferenças de escola que ensinam e que fingem ensinar são: Escolas gaiolas e Escolas Asas. As escolas gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte de voar. Assim ficam presos às gaiolas, sujeitos limitados e sobre controle sem condições de mostrar seu potencial de voo. As Escolas Asas não ensinam a voar, porque o voo é nato nestes pássaros. Todavia elas encorajam ao voo, fazendo com que os pássaros voem mais alto, e se apreciam com a capacidade de voo de cada pássaro e se orgulham disso. 

 
O programa educacional do corpo e a totalidade do indivíduo, o indivíduo em seu todo precisa de instrução. Assim Alves resume a aprendizagem como ferramentas e aprendizagem como brinquedos. A caixa de ferramentas são os conhecimentos que obtemos para resolvermos os problemas vitais da vida que surgem no nosso dia a dia. Assim podemos voar pelos caminhos do mundo através das ferramentas que são os conhecimentos. E com o conhecimento que obtemos, não ficamos presos ou ignorantes frente a situações problemáticas, mas lidamos com maestria com as adversidades. Brinquedos são as coisas que dão prazer à alma. Com os brinquedos podemos voar pelos caminhos da emoção, satisfação e realização que são faculdades da alma.
As escolas enquanto asas impulsionam o ser humano tanto adulto como crianças a alçarem voo, ir além, caminhar só, desenvolverem seus pensamentos próprios, sonhar e realizar seus próprios sonhos, ao invés de serem parte do sistema alienante, ou uma engrenagem simples no sistema burocrático-mercantilista. Escolas que promovem o voo, também desperta a visão para ver o mundo, a natureza e a realidade do sistema e da vida em sua volta.
Geziel Silva Costa
 

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