Alerta Final

Visite a página no face book geziel.costa

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Lição 1 – O Surgimento da Teologia da Prosperidade

No 1º Trimestre de 2012, estaremos estudando, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “A Verdadeira Prosperidade – A Vida Cristã Abundante”. As lições serão comentadas pelo pastor José Gonçalves. Os assuntos são os seguintes:

Lição 1 – O Surgimento da Teologia da Prosperidade

Lição 2 – A Prosperidade no Antigo Testamento

Lição 3 – Os Frutos da Obediência na Vida de Israel

Lição 4 – A Prosperidade no Novo Testamento

Lição 5 – As Bênçãos de Israel e o que Cabe à Igreja

Lição 6 – A Prosperidade dos Bem-aventurados

Lição 7 – Tudo Posso Naquele que me Fortalece

Lição 8 – O Perigo de Querer Barganhar com Deus

Lição 9 – Dízimo e Oferta

Lição 10 – Uma Igreja Verdadeiramente Próspera

Lição 11 – Como Alcançar a Verdadeira Prosperidade

Lição 12 – O Propósito da Verdadeira Prosperidade

Lição 13 – Somente em Jesus Temos a Verdadeira Prosperidade

A verdadeira prosperidade incide em uma comunhão íntima com Deus. Um relacionamento em afinidade de acordo com os princípios bíblicos. Estudaremos nesta lição a deformidade que ao longo dos anos a verdadeira prosperidade vem sofrendo. Voltar à Palavra de Deus para entendermos estas minúcias e definições, é tarefa da igreja e dos professores neste trimestre.

O que chamam hoje de teologia da prosperidade na verdade é a teologia do Logro, troca, permuta e como a lição define “teologia da barganha”. Os dízimos, as ofertas, as contribuições com missão, construções e as ofertas alçadas, são incentivadas com o retorno do quíntuplo. As palavras bíblicas como: “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;” (Mateus 6:3). Não são mais ensinadas.

Pedro insistentemente escreveu que em nossos dias, alguns fariam do evangelho e da igreja um negócio. “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”. (2 Pedro 2:3).

É nossa tarefa combater essas heresias, e primar pela verdade.

Boas Aulas

Ev. Geziel Silva Costa

A RESSURREIÇÃO DE JESUS É A NOSSA ESPERANÇA (Parte 1)

Sem esta mensagem da fé cristã, Paulo declara que a nossa fé não significaria nada. “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1 Co 15:14).

Recebemos a certeza na ressurreição de Cristo, que ele é o Messias, o Salvador. Paulo continua afirmando a importância da ressurreição de Cristo, que sem ela não haveria o cristianismo nem a igreja e ainda estaríamos mortos em nossos pecados (1 Co 15.17).


1. O túmulo vazio. Críticos há que argumenta que Paulo não destacou o túmulo vazio, e essa ideia de ressurreição só acorre anos depois. Todavia Paulo fala do sepultamento que é um argumento a favor da existência do sepultamento (1 Co 15.4). Os críticos argumentam sobre as disparidades que existem nos evangelhos como quantas mulheres foram ao túmulo e por quê? Para aplicar a unção no corpo conforme (Marcos e Lucas) ou para ver o túmulo de acordo com (Mateus)? Havia um anjo (Marcos e Mateus) ou dois de acordo com (Lucas e João)? As mulheres silenciaram (Marcos) ou falaram da ressurreição (Mateus)?


Estas variações já eram conhecidas dos cristãos e Tatiano no segundo século já havia falado sobre elas. Os cristãos foram fiéis aos seus escritos, e já sabiam com certeza que o túmulo estava vazio, pois a surpresa das mulheres e dos discípulos é real diante do túmulo vazio. Os discípulos não usaram o túmulo como prova da ressurreição de Cristo, mas testemunhavam convictos como testemunhas oculares.


Se a sepultura não tivesse vazia, dificilmente os discípulos morreriam crendo nesta verdade. Diferentes tentativas foram inventadas para explicar o túmulo vazio. A do roubo do corpo de Jesus pelos discípulos logo foi descartadas porque muitos seguidores de Jesus morreram crendo na ressurreição. Outra tentativa foi que as autoridades levaram o corpo de Jesus para outro lugar. Mas quando começou falar da ressurreição, ninguém soube explicar onde estaria o corpo.


Se as mulheres fora à sepultura errada, haveria como acertar mais tarde a sepultura. A suposição do desmaio, e que ele teria recobrado os sentidos na sepultura e voltado a viver não persiste. Como explicar a lança que perfurou o seu lado, e os lençóis que foi envolto dos pés à cabeça? A pregação da ressurreição em Jerusalém logo teria sido descoberta se fosse uma fraude, estas mesmas suposições à cima seria o suficiente para calar os discípulos.


A ressurreição de Jesus não foi vista por ninguém. O evangelho apócrifo de S. Pedro narra à maneira como Jesus ressurgiu diante dos guardas romanos e dos judeus. Logo a Igreja rejeitou este evangelho não o aceitando como canônico. Com certeza os primeiros cristãos notaram o grande erro ao se escrever de um modo tão falho sobre a ressurreição do Senhor. Os testemunhos que temos atestam apena duas coisas: Foi encontrado o sepulcro vazio e o Senhor foi visto vivo por muitas pessoas que testemunharam sobre sua ressurreição.


Em Jerusalém se formou a tradição do sepulcro vazio. Na cidade santa seria impossível pregar sobre a ressurreição de Jesus se fosse possível mostrar o sepulcro com seu corpo ali repousando. Os inimigos de Jesus e da sua igreja jamais negaram a realidade do sepulcro vazio. Alegaram que seus discípulos o roubaram para propagar que ele havia ressuscitado. É interessante notar que Maria Madalena ao presenciar esta cena também interpretou que o sepulcro havia sido roubado. O simples lugar vazio não trouxe nada de novo na reação dos discípulos.


Para eles isto não alteraria nada a não ser novamente a suspeita que alguém poderia ter invadido o túmulo roubando o corpo do Senhor. Outra coisa que nos chama a atenção é quando as mulheres encontram o sepulcro vazio fogem de temor, espanto e tremor de maneira que escapam apressadas do sepulcro. Através dos relatos dá-se para perceber que somente após as aparições para uns aqui e outros ali é que foi determinado que ele realmente estivesse vivo.


2. As aparições. Em todo o Novo Testamento as aparições de Jesus foi algo incrível, e esse é o âmago da fé dos cristãos. Os discípulos no caminho de Emaús e Tomé tiveram certezas através da presença do metre ressuscitado, que estavam no caminho correto. Pedro mais uma vez largou as redes para nunca mais voltar a elas depois da aparição e Jesus a ele. Paulo se tornou uma testemunha convicta depois da aparição de Jesus. Estas aparições de Jesus serviram de certeza de salvação para muitas pessoas da época.Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido” (1 Co 15:6).

Sempre foi pregado desde o começo da igreja Cristã que ele realmente ressuscitou. Estas afirmações estão espalhadas em todo o Novo Testamento. A ressurreição sucedeu em um ponto perto de Jerusalém após três dias da morte de nosso Senhor. Por ter acontecido em um domingo este passou a ser chamado como o ‘’Dia do Senhor ’’.

Ao analisarmos com mais profundidade os escritos do Novo Testamento vemos que há dois relatos sobre a ressurreição de Cristo. Um faz a descrição sobre os encontros com Jesus já ressuscitado; seus discípulos o vêem e o conhecem. Isto aconteceu quando os discípulos estavam reunidos. A outra narração fala sobre o túmulo vazio. Foi encontrado aberto pelas mulheres que não teriam forças suficientes para remover a pedra e abrir a tumba. (Mc 16.3-4). O fato é explicado pelos anjos que anunciam sobre a ressurreição do mestre.

Os pensadores contemporâneos insistem em rejeitar a ressurreição de Jesus. Segundo eles por não haver algo igual ou parecido na História. Mas é bom saber que não é somente o pensamento contemporâneo que tem esta dificuldade. Até os próprios discípulos não criam quando o Senhor falava que iria morrer e ressuscitar após três dias seguintes. E finalmente quando aconteceu a morte de Jesus para eles tinha acontecido já o fim de tudo.

E quando é anunciado pelas mulheres que a ressurreição tinha se tornado uma realidade então todos, sem exceção de regras, rejeitam de cara esta ideia por ser algo inédito, estranho e sobrenatural. Por aí podemos tirar a conclusão de que não foram jamais os discípulos que inventaram a notícia da ressurreição como muitos querem assim dizer. Juntando-se a mente moderna vemos também que na Grécia a mensagem da ressurreição pareceu muito estranha e de difícil aceitação. Mesmo com todo o conhecimento filosófico grego sobre matéria e o espírito, os ouvintes de Paulo em Atenas duvidaram e zombaram quando o ouviu falar sobre a ressurreição de Jesus.

Por não haver nada parecido escrito na História sobre a ressurreição não quer dizer que ela nunca aconteceu. Os cientistas atuais aceitam que toda investigação não podem estar fechadas para fatos inéditos sem precedentes na história. Apesar da obrigação da ciência verificar o que é mesmo verdadeiro ou falso, devido a muitos processos que são frutos da imaginação.

Continua...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Algo sobre a morte e a ressurreição

2. O ENSINO DA MORTE
Antes de falar da ressurreição deveremos dar um realce sobre a morte. Este é um assunto que tentamos evitar, mas na nossa jornada o que nos ameaça futuramente não são somente a tribulação e a lida desta vida, mas a morte. Todos nós vivemos este dilema e não conseguiremos sair dele, a realidade da morte tem que ser enfrentada.

“Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó” (Ec 3:20). Dentro da existência da vida, o único ciente que morrerá é o homem, vejamos algumas teorias da filosofia:

O existencialismo analisa a morte como algo natural como o fim de uma viagem. O sentido espiritual na morte não é aceito pelos materialistas, pois para eles tudo é matéria. O estoicismo acredita na naturalidade da morte, por sua vez o platonismo ensina que o corpo e a matéria são maus. Os materialistas não creem na ressurreição, mas que a morte é o fim. O conhecimento mítico afirma que após a morte resta apenas a sombra fantasmagórica do nosso eu.

Os reencarnacionistas acreditam que nossa alma continua voltando em corpos diferentes. Os humanistas creem que o corpo é uma ilusão, e o que realmente interessa é a consciência cósmica impessoal. Mas a Bíblia apresenta a causa da morte não como algo natural, mais um castigo pela desobediência, o pecado.

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17).

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5:12).

O sentido bíblico e doutrinário da morte é:

a. A morte como salário do pecado.

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor “(Rm 6.23).

b. A morte é sinal e fruto do pecado.

c. A morte foi vencida no calvário por Cristo.

Morte significa separação, no grego a palavra é thanatos que é a separação das partes imateriais da matéria. É a saída ou partida, a cessação e rompimento da vida. Os tipos distintos de morte são:

1. Morte Física. Em 2 Sm 14.14 está a melhor explicação para a morte física, a cessação da vida no corpo.

2. Morte Espiritual. Existe duplo sentido para a morte espiritual. Primeiro é a perca da comunhão com Deus pelo pecado (Ef 2.1,5). Segundo é a morte do cristão para o mundo, ou a separação do mundo sistema (Rm 6.14).

3. Morte Eterna. É a separação eterna de Deus, sem possibilidade de arrependimento. O julgamento Final dos ímpios ocasionará na separação eterna (Ap 20.14,15).

3. O QUE É RESSURREIÇÃO

Do grego anástasin; do latim ressurrectione, significa a volta miraculosa à vida, levantar-se, erguer-se, despertar e acordar. É um ato extraordinário e miraculoso exclusivo de Deus sobre a morte física do ser humano, permitindo que este retorne à vida, isto é: a alma retorne ao corpo físico. Este ato do retorno à vida tem como objetivo a glória e exaltação do poder de Deus.

3.1 RESSURREIÇÃO

Ressurgir dentro os mortos é a ressurreição indicada na Bíblia, que apresenta duas situações fundamentais:

1. Curas milagrosas. Neste caso se faz alusões a indivíduos que voltaram novamente à vida terrena. Vários textos na Bíblia mostram este acontecimento. A do filho da viúva de sarepta realizada por Elias (1Rs 17.20-24); A ressurreição que Eliseu realizou no filho da sunamita (Rs 4.32-37); A ressurreição do homem morto que ao tocar nos ossos de Elizeu volta à vida (2Rs 13.21). A filha de Jairo ressuscitada por Jesus (Mc 5.41-43) e a de Lázaro (Jo 11.43-44) Pedro realizou a ressurreição e Dorcas (At 9.40-41) e a de Êutico realizada por Paulo (At 20.9-12). Estas pessoas passaram pela morte novamente eles não tiveram a transformação e a glorificação do corpo. Todas estas ressurreições tiveram como objetivos mostrar o poder de Deus, e a glorificação do seu nome.

2. A Ressurreição de Nosso Senhor. A ressurreição de Cristo é a sua vitória sobre o poder do pecado e da morte. Para Paulo e os demais apóstolos a ressurreição de Cristo é a esperança e a prova na nossa ressurreição.

Jesus disse que na ordem da sua voz, os mortos sairão para a ressurreição. “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:28-29). A partir da convicção da ressurreição de Jesus, os apóstolos pregaram com ênfase sobre a ressurreição dos mortos. Todos os apóstolos pregaram sobre a ressurreição de Jesus como a garantia da ressurreição dos mortos. “Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos” (Atos 4:2).

Paulo disse que Cristo foi feito as primícias dos que dormem.Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15:20, 23). Paulo deixa claro que Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos com o corpo transformado. E depois dele, os que morreram em Cristo ressuscitaram, essa é a ordem da ressurreição. Na verdade, os santos do AT que morreram em Cristo, ressuscitaram depois da ressurreição de Cristo.

“Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mt 27:52-53). Estes santos são os santos do AT que morreram em Cristo, isto é: Morreram fiéis a Deus crendo em suas promessas. Observem que eles só saíram dos sepulcros depois da ressurreição de Cristo. Esta ressurreição é com a transformação do corpo conforme Paulo falou:Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória" (1 Co 15:54).


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O luto na Atualidade



Existem inversões dos assuntos da morte e do nascimento nos debates e explicações nos dias de hoje. A situação da morte hoje é até menos emocional do que antes. Quando alguém partia desta vida para outra, os momentos emocionais eram mais aflorados na vida de uma pessoa. Hoje o conformismo é maior, as pessoas dizem: - É assim mesmo! Partiu para uma vida melhor, está com Deus! Quanto às explicações do nascimento hoje, as fadas, e as cegonhas somem dos comentários dos adultos para as crianças, com relação à origem. Até as crianças inocentes, já não são mais tão inocentes quanto ao assunto do parto.

A sociedade tenta afastar cada vez mais a morte da vida de seus familiares. O envelhecimento é sinônimo de asilo, o lugar dos doentes é no hospital, e os defuntos devem ser lavados e tratados pelas funerárias. Para os entes queridos, apenas o trabalho de velório é suficiente. Até mesmo as pessoas mais velhas com a idade mais avançada possível, não querem morrer, mas pelo contrário, faz uso de todos os meios para mais um dia ou uma hora de vida.

As pessoas nos dias atuais, não mais se preocupam tanto com a morte, se apegando às pessoas, as coisas, e esquecendo-se de se prepararem para uma vida por vir. Isto porque não creem mais na vida após a morte, e os que creem estão definitivamente conformados acreditando que para eles, é impossível a chegada deste dia.

A Bíblia relata em diversos livros sobre o luto. E as diferentes maneiras do comportamento dos enlutados. Ela também enfatiza a importância de analisar a morte e estar em um funeral. Talvez para darmos mais valor à vida do que as coisas, e aproveitarmos mais o tempo com o gozo da vida e das pessoas que amamos que a perca de tempo com coisas frívolas. No NT Jesus tanto ensinou quanto viveu momentos de dor pela perca de um amigo. Marta e Maria queriam a presença de Jesus naqueles momentos dolorosos. Acredito que pelo desejo do milagre, e também para partilhar a dor. Assim nos dias de hoje, os líderes constantemente são convidados ao velório de irmãos e amigos, com a finalidade de uma palavra de consolo, um abraço amigo. Tanto a companhia como os momentos alegres e as dores, deve ser dividida e compartilhada com os demais.

A fase do luto é relativa, por mais que as pessoas se preparem para este momento, ou já estejam esperando a partida do seu ente querido, quando a morte chega é realmente diferente do que previsto. A fase controlada às vezes evita que a pessoas enlutadas caia na real de imediato sobre a perda. Devido à correria nos preparativos do enterro, a recepção das pessoas bloqueiam as emoções. As consequências se dão pós-luto, quando tudo acaba e as pessoas vão embora, a tristeza e amargura toma conta. Nestas horas o aconselhamento pastoral é fundamental.

O vazio existencial é real na vida de pessoas enlutadas, as lembranças, a saudade faz com que a pessoa alimente o passado. É necessária a presença dos familiares, amigos e irmãos para trazer de volta estas pessoas ao presente para viver sua vida. Alguns se retraem na própria solidão, outros esperam por alguém, e não esperam ser decepcionados. Assim a pessoa entra na fase da readaptação, aprender a lidar com a perda, voltar ao trabalho, à alegria, falar da perca com naturalidade. A superação e a readaptação estão de volta na vida presente do indivíduo.

O luto na sociedade hodierna de hoje é reprimido, segurado ao máximo para manter o estereótipo. O luto recolhido interiormente pode causar problemas psíquicos. É necessário externar os sentimentos. Nas classes populares e rurais isso flui natural, as pessoas não conseguem agir como atores, mas se expressam com naturalidade, que aos olhos de muitos, podem ser avaliados como escândalos. Acredito que no meio da igreja não deve persistir o desespero, mas a externação dos sentimentos devem ser compreendidos pelos fiéis. Há pessoas na igreja que precisa de acompanhamento psicoterapeuta, devido à morte de seu ente querido ser proveniente do suicídio ou assassinato, pessoas assim podem desenvolver revoltas e incompreensão que será necessário um tratamento adequado.

Nas questões que envolvem injustiças, a comunidade evangélica deve ajudar as pessoas a ganharem suas causas justamente batalhando pelo melhor. O conselho pastoral não é apenas abrir a Bíblia, ler alguns versos, e bater no ombro das pessoas e dizer que Deus ajudará. Mas sim exige que o conselheiro tenha sabedoria e conhecimento de causa seja nas questões sociais, econômicas, espirituais e emocionais. Se for à obra social, o Deus te abençoe não é suficiente para aliviar a dor dos menos favorecidos, mas sim a ação concreta com algo supridor. Se for às questões emocionais, é por isso que as questões de terapia cada vez mais são desejadas e procuradas pelos seus líderes. Eles sabem desta deficiência e primam pela melhoria e o sucesso nesta área.

Síntese Palestra na XIV Semana Teológica de Caxias do Sul, 05/07/2007.

Lothar Carlos Hoch

Faculdades EST/ São Leopoldo.