Alerta Final

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Questões éticas

O ser humano não nasce pronto e acabado, mas sim com progressão para a aprendizagem. Pode até nascer ignorante, para depois ser um indivíduo pensante, e o mais inteligente. Ao nascer, o nosso arca bolso de conhecimento vem quase vazio, para ao longo dos anos, ir se completando com o conhecimento. Seja o conhecimento empírico, filosófico ou científico, ele se intensifica ao longo dos anos.

Vivemos em sociedade, e dividimos nossos conhecimentos, ações e contribuições. Adquirimos a nossa própria visão de mundo, repartimos valores, participamos e ditamos regras e normas, porque vivemos em grupos como seres dependentes uns dos outros. Assim resolvemos e procuramos soluções para as respostas da nossa vida. Quando os seres humanos nascem, já se encontram com esta realidade, e assimilam-na, e formam outras perguntas e respostas para as novas ideias. Assim a cultura vai se modificando a cada época.

Quando a cultura passa a fazer parte de nossa identidade, mesmo que não percebamos mais ela se torna uma segunda identidade. Então ela passa a ter o poder de repressão, isto é: Aqueles que não estão de acordo com as regra e normas desta cultura, são consideradas pessoas atípicas. Os que estão andando segundo a cultura, sentem-se em segurança e também passam a desprezar os ditos anormais.

Existem duas grandes maneiras de mostrar a sociedade. A Sociedade Tradicional e a Moderna. Na Tradicional, conservam o legado que recebem por tradição, sem modificação. Nada se pode mudar, a religião dita as normas. O sistema moral dita às regras dos valores, e tem poder de coação a todos que quiserem inovar.

A pobreza, o desprezo, e o descaso aos menos favorecidos, é uma tremenda falta de ética. Isso é uma crise que tem invadido o mundo, inclusive o Brasil. É necessária a colaboração dos empresários,políticos, religiosos e da sociedade, para começar a fazer a diferença nas questões de inclusão e justiça social.

A maior crise que o mundo está inserido, não é a crise econômica nem política e espiritual. Mas a crise da sensibilidade, porque não nos comovemos com quem está à margem, sem alimento, sem esperança nos hospitais. Não tratamos nossos semelhantes como irmãos, deixamos idosos nas filas, crianças jogadas nas ruas, e estamos tranquilos, sem comoção. Somos cruéis, insensível, seres brutos.

Existe hoje o risco da comodidade e aceitação, de aceitar que a desigualdade social é isso mesmo, e que a classe dos quem têm riquezas e trabalho é mérito deles. As classes dos que não têm nem a comida, é porque não tiveram sorte ou é o destino de cada um. Mas não devemos se conformar com a apartação. Assim, não existe a cooperação e nem a solidariedade no mundo de hoje. E percebe-se que a política está em atraso, desde os últimos quinhentos anos.

O trabalho é a base da sociedade, através dele as famílias buscam sustento, amparo e dignidade. Mas no mundo e também no Brasil, a falta de emprego tem causado grandes transtornos. Isso devido à indústria, robotização e automação que tem tomado o lugar dos trabalhadores. Sem trabalho não há sustento, comida, emprego compostura etc. Este é um problema a ser resolvido que tem tirado o sono de muitos líderes políticos.

Outro fator a ser considerado é o sistema de emprego no mundo. Existe um desequilíbrio produzido pelo capital, que põem muitos no patamar das riquezas enquanto outros mal fazem para a sobrevivência. Assim a acumulação de riquezas fica mal distribuída, prejudicando a maioria que se tornam excluída, sem participar ativamente da sociedade.

O alarme ecológico é uma preocupação ética. A terra está morrendo por culpa humana. A industrialização vem causando danos no planeta. A água potável será escassa e a luta pela sobrevivência será dramática. A ONU tem feito vários congressos para tratar este assunto. Esta é uma questão ética, que mostra nosso mau relacionamento com a natureza. Precisamos reaprender a trabalhar a favor do planeta e não contra ele.

O homem tem o poder da autodestruição do planeta. A força está em nossas mãos diz Sagan, precisamos tomar uma decisão se quisermos viver bem. Devemos tomar uma decisão política para instituir o princípio da responsabilidade pela terra. Não precisamos ensinar ninguém, uma criança sabe cuidar de seu caderno e roupa, e sabe que não pode sujá-los. Precisamos elaborar uma ética do cuidado, onde todos desenvolvam a responsabilidades, cuidados, alargando uma atitude amorosa e protetora.

O cuidado protege a vida, protege o corpo e prepara o futuro. Tudo que o ser humano faz, precisa ser com cuidado para não se tornar algo catastrófico. A ética da solidariedade anda junto com o cuidado. Ser solidário com os outros estabelece a reciprocidade. Os solidários são companheiros, dividem o pão com seu semelhante e reparte segundo as necessidades. Se cada individuo, cada empresa, comunidade ou sociedade assim agissem, estava estabelecida a cooperação e a inclusão e o mundo seria melhor sem destruição.

A ética da responsabilidade é o primeiro passo depois da reflexão. A hora de começarmos a fazer a diferença é já, agora. Se cada um de nós, começarmos a partir de agora a praticar a solidariedade e sermos mais cuidadoso, as coisas irão mudar. E mudar para melhor, porque as atitudes são como uma luz que vai penetrando, irradiando tudo. Se cada pessoa se tornar consciente, e começar a praticar as virtudes nas empresas, na comunidade em todo o meio, a paz, a alegria a cooperação o entendimento e a convivência tanto com nosso habitat, como com nossos semelhantes, será de alegria, amor e esperança.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ética e Moralismo

Moral são o conjunto de regras, usos e costumes e as ações que instruem as pessoas. Isto cada um pode praticar individualmente ou em relação a outros ou mesmo com a natureza. A ética por sua vez estuda os assuntos da moral, enquanto a moral obedece às normas e regras, tabus e etc. A ética busca fundamentos para se viver melhor.

O moralismo é definido como a metodologia filosófica especifica em busca da moral. O moralismo dessa forma se torna absoluto, e outras tentativas na busca da moral se tornam relativas. Existem meios legais, que transformaram a moral no legalismo, ditando regras, leis e exigindo obediências a elas. O pensamento cotidiano de moralismo, às vezes dá um significado diferente ao moralismo. Um exemplo é a internet, para muitos, totalmente destrutiva, imoral, relacionada na sua totalidade ao sexo, então eis a proibição. Não sabem dizer que a internet é totalmente destrutiva, se usarmos somente com este fim. Para os que sabem usá-la para construção e aquisição do bem, ela se torna totalmente benéfica. Para outros, moralismo está relacionado à consciência politica ou aos interesses econômicos.

O moralismo religioso é confuso na religião, quando não sabem fazer a diferença entre eterno e antigo, particular e universal. Promove a adesão sem limites e com determinismo. Muitas vezes este determinismo está ligado a praticas e preceitos antigos. Neste ponto o moralismo toma sentido pejorativo, e passa a referir-se mais à questão sexual e afetividade. No sentido religioso, moralismo passou a ser nosso desejo, esforço e luta pelas coisas corretas ou como obter a salvação por nossa própria força.

Devido à mistura e confusão feita entre ética e moralismo, aderiram aos mesmos preceitos e regras a palavra ética. Mas a ética é mais abrangente, pois apresenta os argumentos necessários para se conhecer os princípios e tomar as decisões acertadas. Do ponto de vista cristão, a ética trata do conhecimento moral, das obrigações, dos direitos humanos, das punições dos infratores etc.

Na modernidade já não valem os Slogans sobre mora. A tradicional separação entre direita e esquerda já não bastam, tampouco discursos emocionais ou protestos, servem para reverter o quadro caótico da moral. Se quisermos fazer diferença com nosso conhecimento sobre a moral e a ética, é necessário compreendermos os fundamentos teóricos dos diversos pensamentos e estudos sobre ética e moral, para depois de uma avaliação, fazermos uma escolha adequada, ou mostrar conhecimento de causa.

A ética trata do bem, dos valores e virtudes que devemos cultivar. Também dos direitos e das nossas obrigações morais. Avalia pontos de vista alternados como o que é o bem e o direito, e está em busca do caminho para alcançarmos o conhecimento moral necessário. E leva-nos a indagar porque devemos agir e andar corretamente, e também é responsável pela condução dos problemas morais práticos que pensamos ser prioritários.

Acredito que a moral na modernidade está enfraquecida. Não estou falando das atitudes, ações e pensamentos dos antepassados, como nossos avós. Estou falando em relação à família, casamento, aborto etc. Com a facilitação do divórcio, pesquisas apontam uma porcentagem maior no número de separação. Com a divulgação da mídia em banalizar o casamento, a fidelidade, e a troca de parceiros como trocar de camisa se intensificou nos casamentos, a moral está enfraquecida.

Agora, o moralista moderno se engana quando não mata, não pratica assalto à mão armada, e pensa estar com a consciência limpa e até discursa sobre moral, mas mente, engana, forja, fura sinal vermelho, não enfrenta fila. Isso também não diz respeito à moral? Os moralistas modernos se escondem em roupas de grife, e estão nos púlpitos do congresso ou das igrejas, exigindo e cobrando do povo, quando eles mesmos não têm “moral” para cobrar. Os que não cobram do povo, querem transmitir uma imagem de moralista, mas quando dizemos para atirar a pedra aquele que não deve, não fica um no seu posto.

Cada um de nós, temos inserido em nosso íntimo, a ideia do que é certo ou errado. É a consciência, o tribunal que aprova ou reprova nossas atitudes. Mas quando nos tornamos moralistas, apesar da consciência acusar, fazemos exatamente ao contrário do que ela manda. Sabemos o que é certo e errado, mas não fazemos.

É notável como o moralista moderno sabe julgar os outros quando erram. Julga segundo os critérios que ele escolheu, ou segunda as condutas que ele conhece. Mas nunca vimos alguém fazer juízo de si próprio, ou se policiando para não infringir em erros que deturpam a moral. Todavia, tudo que não consta nas normas que ele escolheu, ele as pratica. Assim o moralista faz uma seleção da moral, escolhendo e praticando o que ele pensa ser certo.

A moral pode ser estudada como a busca de entender ou a luta por praticar o bem, para se chegar à felicidade e se realizar prazerosamente. Ou também a moral do dever, que dita regras, ou impõem algo para aqueles que optam por entrar numa religião, organização ou até mesmo na sociedade.

O moralismo também é entendido como a valorização exacerbada de um conjunto de regras ultrapassadas para a modernidade desenvolvida pela tecnologia e avanços sociais. O moralismo se apresenta especialmente quando essas regras de valores (que antigamente eram observados à risca), e hoje são quebrados pela descoberta moderna de que são regras infundadas, e que não fazem parte do conjunto de conceitos e preceitos morais.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O que você sabe sobre os demônios?


No hebraico, não encontramos definição para a palavra demônio, pois este termo é de origem grega. Os gregos entendiam que os demônios eram uma divindade ou algo intermediário entre os humanos, que influenciavam o cosmo e a vida humana. Esta influência podia ser de caráter positivo ou negativo. Para Sócrates, os demônios eram um espírito de proteção que fazia o bem. Os da escola de Platão acreditavam que a influencia dos demônios era má.

A Septuaginta define os demônios como poderes malignos e não benignos. Estes são capazes de atuar prejudicando as pessoas com calamidades naturais, doenças físicas ou psicossomáticas, sendo possível levar até a morte.

A crença em demônios está presente no Antigo Oriente Médio, na Grécia Antiga, no Judaísmo nas religiões e atravessa séculos chegando à nossa época. As diversas religiões hoje classificam a atuação dos demônios de acordo com seus atos. Os demônios da sexualidade, por exemplo, atuam nas pessoas com a impureza sexual, outros causando cegueira, surdez, há demônios que causam catástrofes naturais como furacão, terremotos enchentes etc.

Não acredito particularmente que todas as doenças ou calamidades sejam sobrevindas de demônios. Em alguns casos, sem dúvidas isto acontece, como a Bíblia exemplifica. Há religiões que generalizam e dizem que a falta de emprego, os fenômenos naturais catastróficos, são algo exclusivo dos demônios.

Os locais de preferência dos demônios, são os desertos, cemitérios, as ruinas, cavernas, eles agem em lugares escuros, na noite etc. Por serem espirituais, os demônios não possuem forma física. Então, existe a necessidade de se manifestarem no mundo físico, mas para isso precisam de um corpo. Entram em corpos de pessoas e animais. Eles se identificam mais com animais apavorantes, venenosos, voraz e bravio. Talvez os demônios sejam associados com estes animais pela relação existente com eles, por exemplo: Estes animais, causam dano, são imperfeitos e vulneráveis. A relação entre demônios e animais é para exemplificar e associar a ação dos mesmos.

A rapidez do bode associa-se à violência dos demônios. Os demônios a meu ver estão ligados diretamente á deuses pagãos e agem por trás destes, como Moloque, por exemplo, onde sacrifícios de crianças eram oferecidos a ele. Isto é uma prática demoníaca.

Alguns acreditam que os demônios podem ser vencidos ou afastados com encantamentos, feitiços, astúcia, palavras mágicas etc. Ainda acreditam que o sal, a cinza e a lama, podem afastá-los. Acreditando que os talismãs e os amuletos podem dar proteção contras eles.

Os demônios no AT

Devido à falta de conhecimento de Deus, no AT as pessoas eram levadas por qualquer superstição. Sendo assim, Javé exige adoração exclusiva ensinando os seus atributos divinos, e levando o povo a atender o seu poderio máximo. Alguns hoje acreditam no dualismo, a luta entre o bem e o mal, Deus e o diabo, o que parece mais uma ideia da Nova Era como o yin e o yang. Deus é criador até do diabo, e criatura não pode estar em termos de igualde com criador.

Outro sim, o mal é proveniente de Deus como disse Jó? O que realmente Jó quis dizer? (Jó 2.10). O mal na vida de Jó foi causado pelo diabo, todavia com a permissão de Deus. Por isso ele atribui o mal à vontade permissiva de Deus.

Acredito que ao longo da história, Israel pode ter sido influenciado pelas crenças demoníacas e sua forma de exorcizá-lo e mantê-los distantes. Todavia, ao saírem do Egito, com Moisés e as leis, aprenderam a desvencilhar-se de suas crendices. Pela Bíblia, Deus não está associado ou relacionado com o diabo ou com os demônios. Pelo contrário, é sempre o diabo ou os demônios que são imitadores de Deus, querendo ser semelhante ao altíssimo.

A serpente

A serpente tem diversos significados nas culturas dos continentes. No Antigo Oriente, ela representava o poder destruidor. Era também conhecida como Leviatã. Na Síria, o leviatã é conhecido como um monstro marinho com sete cabeças, que é banido pelo deus baal.

No Éden, por Eva ter sido enganada pela serpente, esta passou a ter sinônimo do mal, ou a origem do mal. Mas na verdade, a serpente foi criada por Deus, e apenas usada pelo diabo a enganar Eva.

Em Números, Moisés ergue uma serpente de bronze. O objetivo era que todas as pessoas picadas pela serpente venenosa do deserto, ao olharem para a serpente de bronze serem curadas. É um tipo de Jesus na cruz, quem olha para ele, é sarado do veneno do pecado da antiga serpente que é o diabo.

Satanás

A Bíblia apresenta satanás como real. Embora o conhecimento mítico venha ao longo do tempo pintando o diabo com tridentes, chifres e rabo. Para outros, ele é um ser abstrato, isto é: As brigas, difamações entre irmãos, calúnias, isto é que é o diabo, ou a explicação para ele. Mas realmente segundo a Bíblia, creio que ele existe, é um ser espiritual criado por Deus, embora tenha se rebelado contra Deus. Às vezes ele é representado na Bíblia como um dragão, para demostrar a sua força e agilidade.

Mesmo o diabo sendo acusador e inimigo, ele age segundo a vontade de Deus. Ele não possui poderes de decisão próprios. No livro de Jó, o mal não procede diretamente de Deus, mas indiretamente dele, segundo a permissão dele, mesmo que ele esteja no controle.

Israel ficou convicto de que todo o poder pertence a Deus. Com os inúmeros milagres no deserto, e o sofrimento que tiveram em desobedecer a Deus, hoje são monoteístas. A Bíblia apresentação explicações que o sofrimento e o mal que assolam o mundo, é natural do pecado do homem. O pecado e a desobediência são a origem das mazelas humanas. Apesar de evitarmos os exageros nas demais religiões, não podemos deixar de crer que muitas crenças e divindades de outros povos, possuem ação demoníaca. O que dizer dos maias que ofereciam aos seus deuses sacrifícios humanos?