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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Relembrando Nossa História (Centenário das Assembléias de Deus)

O derramamento do Espírito Santo na igreja primitiva foi algo aguardado e esperado. A partir do século XVIII, temos a continuidade deste avivamento, comparado ao da igreja primitiva. Podemos citar alguns nomes que se destacaram neste avivamento, como lideranças que entusiasmaram:

John Wesley (1703-1791) Charles Finney (1792-1875) Dwight Lyman Moody (1837-1899) Smith Wigg Lesworth (1859-1946) e Charles Fox Parham (1823-1929) e outros.

Charles Parham teve uma influência singular como professor na vida de William Seymour. Seymour despertou o movimento pentecostal moderno à culminância. Um dos temas da mensagem de Charles Fox Parham eram os dons espirituais.

Parham como professor da Escola Bíblica que fundara, levou vários alunos a receber o batismo. Agnes N. Ozman, uma jovem de 18 anos também recebeu o batismo com o Espírito Santo.

O aluno Seymour, com a chama ardendo no coração, alugou um prédio velho desativado em Los Angeles (1906) situado na Rua Azuza nº 312. Assim estava fundada a Igreja Missão de fé Apostólica.

Assim começa a história de William H Durham, que visitando Los Angeles, foi à Rua Azuza no prédio alugado de Seymour. Ali foi batizado com o Espirito Santo. Voltou para sua cidade em Chicago, e na sua igreja, começou a pregar sobre o batismo com Espírito Santo. Chicago incendiou o mundo, com o movimento pentecostal liderado por Durham.

Daniel Berg e Gunnar Vingren se conheceram em 1909 em Chicago. Berg procurava emprego nos EUA, bem jovem ainda com 18 anos. Nesta ocasião a Igreja Batista sueca, realizava uma conferência em Chicago. Nesta conferência, Gunnar Vingren que participava do evento, foi batizado com o Espírito Santo, ele neste tempo era um pastor batista. Vingren e Berg, após se conhecerem neste encontro, tornaram-se amigos, por terem algo em comum, a chamada para uma obra missionária. Vingren pensava que sua chamada era para a Índia, só depois os mistérios seriam desvendados para o Brasil.

Cheios do Espírito Santo abriram uma campanha de oração na casa do irmão Olof Uldin em South Bend (Indiana EUA) em 1910. Deus usou o irmão Olof para revelar muitas coisas em sua vida, inclusive o local da chamada dos missionários, o Pará. No dia seguinte, os missionários foram a uma biblioteca em busca de um mapa, para tirar a dúvida sobre o Pará. Para surpresa, acharam o Pará localizado na região Norte do Brasil na América do Sul.

Neste tempo a Amazônia estava esquecida pelas missões, por causa da febre amarela, malária e a hanseníase. Fazer missões aqui era sinônimo de fracasso. Por isso Deus escolheu estes jovens para esta obra missionária. Partiram de Chicago apenas com a oferta que a igreja havia levantado 90 dólares. Ainda para testar a fé deles, Deus ordenou que doassem o dinheiro para o Jornal “O testemunho Pentecostal” de William Durham em Chicago. Foram sem dinheiro para Nova York. Os missionários não foram enviados por nenhuma missão, mas partiram apenas por uma ordem divina.

Vingren encontrou um irmão na rua, que ficou feliz ao encontrá-lo. Era um velho amigo que à noite foi impulsionado pelo Espírito Santo a ofertar para Vingren. O irmão estava a caminho para depositar o dinheiro, mas ao encontrar Vingren, deu o dinheiro em mãos. A quantia era 90 dólares, a mesma ofertada para o jornal. Quando chegaram ao porto, souberam que o preço das duas passagens de Nova York para o Pará custava 90 dólares. Assim embarcaram no navio Clement dia 05 de novembro de 1910, um lindo dia de sábado.

A viagem era de terceira classe, no porão do navio, sem ventilação, sem cadeiras e com comida ruim. Dormiam em beliche, os pratos eram poucos, e depois das refeições, deveriam lavar e guardar as louças em baixo do travesseiro. Mas estavam felizes sobre a direção do mestre, e por isso, no navio mesmo começaram a evangelizar.

Chegaram a Belém no dia 19 de novembro de 1910, uma tarde de sábado dia da bandeira. O porto estava movimentadíssimo, era novo e moderno. Belém que foi fundada em 1616 é situada às margens da Bahia de Guajará a 120 km do Oceano Atlântico. A cidade estava vivendo o período da seringa na Amazônia para a produção de borracha, por isso o movimento no porto era grande.

Ao desembarcarem comtemplaram o povo simples, humildes e hospitaleiros que sorriam aos missionários. Caminharam pela Rua 15 de agosto que hoje é conhecida como Presidente Vargas. Num restaurante comeram feijoada paraense. Sentados na Praça da República pediram orientação ao Mestre.

Um casal que conheceram no navio os convidou a pousar no hotel na Rua Joao Alfredo. O pouco dinheiro que ainda restava com os missionários, foi suficiente apenas para uma noite. No dia seguinte, no café da manhã no hotel, viram sobre a mesa um jornal metodista. O pastor editor do jornal era Justus Nelson conhecido de Gunnar Vingren dos EUA. Procuraram e encontraram o pastor na Rua Joao Balby nº 406 na Primeira Igreja Batista do Pará.

Passaram a hospedar-se no porão da igreja, pagando um dólar por dia cada um. Raimundo Nobre que diria a Igreja provisoriamente e falava inglês, encaminhou os missionários às congregações, pregando, tocando e cantando louvavam ao Senhor. Começaram a falar do batismo com Espírito Santo, e os dons espirituais. Assim estava iniciada a missão no Brasil.

Geziel Silva Costa

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