Alerta Final

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sábado, 1 de janeiro de 2011

Oração pelas Chaves (parte V)




Não é a questão de orar pelas chaves. O que está em dissonância é o mito (chave) que já se tornou um símbolo. A igreja católica entrou por esse caminho dos símbolos, hoje tudo é supremo quando se fala de símbolo.

Veneram a cruz, o terço e muitos outros objetos que não tem valor algum. O real valor da cruz, eles não sabem cominar. O real significado da cruz é esquecido ou ignorado. Precisamos saber valorizar aquilo que é de valor, e colocar cada coisa em seu lugar.

Porque não oramos pelas chaves do cadeado de uma bicicleta nova? Agora a pouco, vi pessoas testemunhando gratas a Deus por ter terminado a faculdade, e ninguém apresentou seus diplomas perguntando: De quem será o próximo? Porque não é de interesse da maioria ter um diploma, afinal nem todos estão na faculdade.

Todavia quando falamos de chaves de carro, moto, casa ou apartamento, aí sim, gera uma expectativa enorme em torno da pergunta: De quem será a próxima? MINHA! Na verdade, eu nunca respondi que a próxima chave seria a minha, no entanto ela veio a ser minha, ultrapassando a Perspectiva de todos. Perspectiva, que muitos dizem ser um grito de fé, para a aquisição das chaves.

Quando argüido, inquirido e pressionado para levar as chaves para orarem por ela, disse que não o faria. As interrogações e apontações vieram como chuva: Você não é grato a Deus! Você precisa ter fé, você precisa entender o plano de Deus! Você deve deixar de ser contra a OBRA DE DEUS!

Estamos no ano do centenário da AD, e falamos de revitalização na AD. E revitalização não se aplica somente aos bons costumes, mas em todas as áreas. Antes, a igreja AD em todo Brasil, começando por Belém Pará, tinha um culto na semana chamado “culto de testemunhos”. Era um culto voltado para a oportunidade de contar uma benção recebida em gratidão a Deus.

Neste dia a igreja glorificava a Deus pela benção que os irmãos recebiam. E o objetivo era levar a igreja expor a benção, e agradecer a Deus. Este culto foi substituído pelo culto de libertação. Antes, porém, diga-se de passagem, (não tenho nada contra). Mas em vez da gratidão, apenas agradecer a Deus, somos levados a pedir, exigir, buscar e determinar. Se os outros estão recebendo as bênçãos, eu tenho que receber. Se estiverem comprando carro novo, eu tenho que trocar o meu. CQC custe o que custar.

Os testemunhos dos que recebem bênçãos nos incentivam não a agradecer mais a pedir também. Não sou contrário às bênçãos de Deus, ele abençoa mesmo, mas não sabemos pedir como convém e nem estamos gratos a Deus. Os cultos existem para louvar-mos, adorar-mos e glorificar-mos a Deus agradecidos. De quem é a próxima?

Se as chaves são uma forma de agradecer como dizem, então devemos orar e apresentar todas as chaves quer seja de uma bicicleta, de um cofre ou qualquer porta nova que trocamos em casa. Porque só são válidas as chaves de carro, moto, casa e apartamento? Porque não os diplomas, a nota de um terno ou um vestido novo? Não são bênçãos também?

Quando critico este tipo de atitude, é porque nunca antes na história da AD, houve este tipo de coisa. Estamos inovando, daqui a pouco vamos começar a ungir fotos, chaves (já sei de lugares no MT na AD que já estão ungindo).

Ninguém pesquisa quem primeiro começou com este costume. Ninguém examina de onde tiraram a idéia de orar pelo copo de água em cima do rádio ou da TV. Na verdade, Alziro Zarú, da Legião da Boa Vontade começou com isto, depois vieram os neopentecostais trazendo este mau costume para a igreja.

A crítica é boa porque gera uma análise. Já observaram como o discurso mudou? Já não falam, mas em “orar pelas chaves”, mas sim “apresentá-las”, está melhorando. Isto depois do primeiro texto que escrevi, veja:http://alertafinal.blogspot.com/2008/07/orao-pelas-chaves.html


O que precisamos fazer agora, é ser gratos em tudo, como está escrito: Em tudo daí graça... E não somente pelas chaves de carro, moto, apartamento ou casa. Mas também traga a escritura do terreno para apresentar.

Geziel Silva Costa

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